quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Baloji: The New African Cool

 

Ainda não tive tempo de escrever sobre minhas aventuras no Brasil durante minha estada entre São Paulo e Limeira por mais de dois meses. Ando numa correria desgraçada aqui em New York Shittt! procurando um novo muquifo pra morar, algo extremamente brochante. Mas assim que resolver essas paradinhas farei um post detalhado sobre o Brasil connection. Pois bem, o texto que segue é de autoria de minha amiga Valerie Ellois (foto logo abaixo), aluna de doutorado em psicologia clínica na The New School for Social Research (mesmo lugar que estudo, com a diferença que estou alocado na sociologia). O artiguinho foi publicado no blog da World Up, uma organização sem fins lucrativos dedicada a educar a esfera pública sobre política internacional e questões que afetam a comunidade global através do hip-hop e de culturas socialmente progressistas. Leiam então o texto da sista originária de Chi-Town...

Muita Paz!

 Baloji: The New African Cool
 
 By Valerie Ellois

 

Baloji, auto-identificado como Afropean, nascido no Congo e criado em uma família de classe operária na Bélgica, lança seu segundo álbum intitulado Kinshasa Succursale. Sua estética jovial e tonalidade única saúdam o afro-soul e rap que agitam aí afora. O álbum praticamente transporta os ouvintes a um animado clube de Kinshasa, como retratado no vídeo da faixa Le Jours D'après / siku Ya Baadaye (independance cha-cha).



A voz de Baloji soa como aquela de um congolês belga preso entre dois mundos e nenhum deles proporcionando o conforto do lar. Em Kinshasa Succursale ele se esforça em vincular sua vida atual a mãe congolesa que nunca conheceu e seu infância em Lubumbashi. O que o álbum oferece é uma viagem pessoal que fala de uma geração de 30 e poucos anos tentando moldar o seu lugar e formular uma identidade única.

 

Baloji passou os últimos meses excursionando em sua país de origem e, de acordo com seu blog pessoal, podemos esperar futuros remixagens e colaborações com Theophilus London, Debruit e Burak. Este verão Baloji também tem apoiado os esforços do Greenpeace em deter o desmatamento e promover a preservação da diversidade biológica no Congo. Tendo acabado de ser capa da revista francesa Mondomix a permanência física e musical de Baloji tem se estendido como uma espécie de "succursale", ou filial, das suas raízes congolesas bem como da vanguarda da indústria musical. Por fim, confira outro vídeo bem legal de Baloji com a banda Konono N°1.